Empresas privadas e Secretarias Municipais aderem a campanha UTI Aérea Democrática


A empresa Sete Linha Aérea, Regional da Região Norte e Centro-Oeste, respondeu ao email acolhendo o convite e a solicitação da campanha UTI Aérea Democrática da Amarbrasil. A empresa afirmou que já está estudando o caso irá produzir um documento com as adequações do seu negócio para a Adesão ao Acordo de Cooperação Técnica n. 02/2013, além de também se preparar para aderir ao transporte voluntário e gratuito de órgãos e equipes do Sistema Nacional de Transplantes.

Já do outro lado do país, os Secretários de Saúde dos Municípios de Parauapebas e Redenção do Pará, Drs. Levy Sadi e Waldinar Nunes, também manifestaram apoio à campanha e prontidão para a cooperação.

A campanha continua e a Amarbrasil vai em busca de um sistema democrática de UTI Aérea, salvando vidas de forma direta e indireta.

Acompanhe a campanha em nosso site e nas mídias sociais. 

NOTA AO POVO GOIANO do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás – SENGE-GO, entidade sindical representativa dos engenheiros goianos, tendo em vista a aprovação pelo Conselho Consultivo da APA – Área de Preservação Ambiental do Ribeirão João Leite de relatório que prevê a “flexibilização” da ocupação do solo no entorno do reservatório de água criado com a barragem no curso d’água acima citado, dirige-se ao povo goiano, bem como às autoridades constituídas, estaduais e municipais, no sentido de expressar a preocupação com a aprovação deste relatório. 

Acontece que, neste caso a “flexibilização é o primeiro passo para a viabilização da especulação imobiliária na área de influência daquela relevante fonte de abastecimento de água potável à população da Região Metropolitana de Goiânia”.

Cumpre destacar que, recentemente, foi veiculado na imprensa que a Secretária de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH),  assegurou que não aprovaria qualquer mudança em relação à APA do Ribeirão João Leite. Contudo, contraditoriamente a SEMARH, através de seu Superintendente de Unidades de Conservação, que dirigia os trabalhos, foi voto decisivo no Conselho Consultivo em prol da “flexibilização” do uso do solo na mencionada área de proteção ambiental. Além disso, todos os outros órgãos estaduais presentes na reunião, com a exceção da SANEAGO, também votaram a favor da citada “flexibilização”. Perguntamos ao Governo do Estado de Goiás, que é responsável direto tanto pelos recursos hídricos estaduais como pela região metropolitana de Goiânia se é a favor  desta “flexibilização”.

O SENGE-GO apela ao Senhor Governador do Estado no sentido de determinar que decisão da SEMARH seja revista. Apela, também, ao Ministério Público que continue na luta pela preservação do entorno do reservatório tomando as providências legais cabíveis. 

Este apelo, em realidade, é feito à toda sociedade goiana, suas universidades e, principalmente, aos habitantes de Goiânia que, com certeza, não querem passar, no futuro, as dificuldades atuais que a população de São Paulo está passando, uma vez que a citada “flexibilização” foi  uma etapa pela qual se submeteu os entornos dos reservatórios da capital paulista.

O povo goiano merece garantia de abastecimento e água de qualidade para as suas gerações futuras.

Goiânia, 12 de dezembro de 2014.

DIRETORIA DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE GOIÁS –  SENGE-GO

ÁGUA PÚBLICA*A Amarbrasil aprova esta ideia e faz os mesmos questionamentos do SENGE-GO!

O que falta na logística do Sistema Nacional de Transplantes e a as ações para acesso da população ao salvamento por UTI Aérea

Em 2013 o Ministério da Saúde, através da Central Nacional de Transplantes (SNT), a ANAC, a Aeronáutica e as companhias TAM, GOL, OCEANAIR, AZUL e PASSAREDO assinaram um Acordo de Cooperação Técnica  para o transporte voluntário de órgãos e equipes do Sistema Nacional de Transplantes. Em 2014 essas empresas atenderam 102 cidades, apenas 15% do total de 688 cidades servidas de aeroportos públicos.

Tiradas as 102 servidas pelas cinco grandes e 12 servidas por regionais, as 574 cidades restantes são atendidas comercialmente somente por empresas que exploram o serviço de UTI AÉREA e TAXI AÉREO. A quase totalidade destas cidades tem capacidade hospitalar, mas falta-lhes logística para recepção e distribuição dos órgãos doados.

O país conta ainda com 1.706 aeroportos privados, homologados pela ANAC, aptos para pousos e decolagens de UTI AÉREA e TAXI AÉREO, grande parte em localidades remotas. Existem no Brasil mais de 170 Empresas operantes de UTI AÉREA e TAXI AÉREO.

A logística do transporte aéreo é o gargalo do Sistema Nacional de Transplantes, seja pela dificuldade de conciliar os tempos e horários de coleta de órgãos e de isquemia com os horários de partida dos voos das linhas das companhias citadas, seja pela dificuldade no transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas de regiões não servidas por linhas aéreas para os centros hospitalares de referência ou o inverso.

A fila na Central Nacional de Transplantes (CNT) ultrapassa 30 mil pessoas anualmente esperando por um órgão para transplante. O número de órgãos em condições de doação desperdiçados pela ausência de oportunidade e combinação logística de transporte é imenso.

Carga tributária, taxas aeroportuárias, excessos de punição e burocracia, são alguns dos motivos que não só dificultam investimentos no setor, como definitivamente roubam à população o direito de acesso ao transporte aéreo.

 Tributar e taxar os serviços e consumos dos voos de salvamento em UTI Aérea como se fossem executivos é de uma insensibilidade e iniquidade sem precedente. Uma aeronave em voo de uma UTI Aérea é nada mais nada menos do que uma “ambulância de suporte avançado” do SAMU em trânsito no ar.

Ao par dessas e outras informações a Amarbrasil decidiu por atuar de forma voluntária em favor do SNT com a campanha UTI AÉREA DEMOCRÁTICA, dividida em três tópicos:

I-       Ações para ampliação da logística e apoio voluntário das empresas de UTI aérea ao Sistema Nacional de Transplante;

II-    Ações para acessibilidade popular aos serviços de UTI Aérea;

III-Ações para construção de plataforma de doações para custeio de transportes de órgãos e equipes de captação e transplantes.

A empresa BRASIL VIDA UTI AÉREA, considerada a maior no seguimento de aeromédico, acolheu a proposta da campanha e protocolou pedido de Adesão ao Acordo do SNT com as cinco grandes. A Coordenação do SNT encaminhou o pedido de adesão para a ANAC. O mesmo órgão informou que na ANAC também já corre um processo com pedido de Adesão feito pela LÍDER TAXI AÉREO.

Vários interesses pontuam esta campanha, desde o sentimento de solidariedade para com milhares de pessoas aguardando oportunidade de transplante no Brasil, a democratização e a expansão do serviço de UTI Aérea nas regiões mais remotas, o combate à pirataria e à concorrência desleal no setor, até o desafio e a experiência do exercício para a construção de modelo de serviço e atividade propositiva de alavanca da democracia participativa, de acompanhamento e orientação das políticas públicas.

Nesta campanha a Amarbrasil atua em diversos setores e seguimentos que SÓ A SOCIEDADE CIVIL tem legitimidade e independência para fazê-lo. A visão de trabalho e prestação de serviço da Amarbrasil é intuitiva, autoral.

A Amarbrasil é totalmente mantida pela sociedade civil, isenta do recebimento de recursos de origem pública ou partidos políticos.

Os números acima, somados à correta provocação e intensificação das interlocuções entre os vários atores envolvidos, apontam que a campanha UTI AÉREA DEMOCRÁTICA aqui proposta tem potencial para aumentar em até 1.000% o número de oportunidades de captação e transporte de órgãos do Sistema Nacional de Transplantes, em prazo bastante exíguo.

Indicativo concreto desta possibilidade é lembrar que no final da década de 1950 o serviço regular de linhas aéreas atendia a 375 cidades,para uma população de 51 milhões de pessoas e a economia era primária.

Outro indicativo é o Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional – PDAR, da Lei nº 13097 de 2015 – PDAR, que cria subvenção econômica a ser paga diretamente às empresas aéreas. Considerada a autorização para utilização de até 30% dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil pelos próximos cinco anos, que é o tempo de duração do PDAR, os números da subvenção podem ultrapassar cinco bilhões de reais.

A campanha é também mais outro exemplo para a construção do conceito da democracia participativa de alta intensidade.

 

Uarian Ferreira

Advogado (OAB-GO 7.911) e superintendente

Veja lista de empresas e cidades atendidas pelo Acordo de Transporte Voluntário de Órgãos

A campanha UTI AÉREA DEMOCRÁTICA segue em busca de maior amplitude e apoio para garantir direitos transindividuais para todos os brasileiros, cultivando a democracia e salvando vidas.

Para que você acompanhe todo o processo de pesquisa, compreensão e aplicação da campanha, nossa equipe irá divulgar durante todo o transcurso da campanha todos os dados, documentos e informações que, para nós, é de direito de todo cidadão.

Segue relação de empresas que aderiram ao Acordo de Transporte Voluntário de Órgãos e Equipes do SNT, com respectivas cidades atendidas.

O objetivo da Amarbrasil é garantir cobertura para todo o país, mas pra isso, precisamos nos unir como cidadãos brasileiros que buscam um futuro melhor.

Clique no link a seguir: Tabela Cidades – Amarbrasil

Nova campanha da Amarbrasil pretende salvar vidas

Colocando a vida do cidadão em primeiro lugar, independente de status social ou financeiro, a Amarbrasil acaba de lançar uma nova campanha que irá não só garantir maior exercício e expressão da democracia como salvar vidas.

Com extensa pesquisa, ações e a colaboração de diversos voluntários, se inicia a Campanha UTI AÉREA DEMOCRÁTICA.

A necessidade da Campanha

Em 2013 o Ministério da Saúde, através da Central Nacional de Transplantes, a ANAC, a Aeronáutica e as companhias TAM, GOL, OCEANAIR, AZUL e PASSAREDO assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para o transporte voluntário de órgãos e equipes do Sistema Nacional de Transplantes. Essas empresas atendem cerca de 90 cidades no Brasil, menos de 2% do total de 5.570 municípios.

Os 5.448 municípios restantes (98%) são atendidos comercialmente somente por empresas que exploram o serviço de UTI Aérea e Taxi Aéreo Regional.Apesar de parte das cidades sedes destes municípios terem boa capacidade hospitalar, falta-lhes logística para recepção e distribuição dos órgãos doados.

O objetivo

Conhecendo as dificuldades logísticas existentes no transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas qualificadas de regiões remotas para os centros hospitalares de referência ou o inverso, bem como do volume de perdas e não aproveitamentos decorrentes da dificuldade de conciliar os tempos e horários de coleta de órgãos e tecidos, de isquemia e com os horários dos vôos das linhas aéreas comerciais das empresas signatárias do citado Acordo a a Amarbrasil decidiu atuar de forma voluntária em favor do Sistema Nacional de Transplante (SNT) com a campanha UTI ÁEREA DEMOCRÁTICA, dividida em três tópicos:

I- Logística e apoio voluntário das empresas de UTI Aérea ao sistema nacional de transplante;

II- Acessibilidade popular aos serviços de UTI Aérea;

III- Plataforma de doações para custeio de transportes de órgãos e equipes de captação e transplante

Na parte de LOGISTICA E APOIO VOLUNTÁRIO DAS EMPRESAS DE UTI AÉREA AO SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTE buscará:

– Estimular empresas do serviço de UTI aérea privada a prestarem serviços de apoio e logística voluntária ao sistema nacional de transplante (SNT) mediante adesão ao acordo de cooperação técnica 002/2014 assinado entre união (ministério da saúde), aeronáutica, concessionárias de aeroportos, TAM, GOL, AZUL, OCEANAIR E PASSAREDO

– ampliar o serviço logístico de transporte das equipes de apoio às doações e captações de órgãos para cidades não servidas pelas linhas áreas comerciais

– agilizar e incrementar a logística de captação e transporte de órgãos e equipes médicas do SNT, pela maior flexibilidade de conciliação de voos e horários e também pela oportunidade de acesso aos doadores e suas famílias nas localidades mais remotas, especialmente das regiões norte, nordeste e centro-oeste.

Na parte de ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE UTI AÉREA:

– Ações para intensificação das interlocuções entre as UTI aéreas, ANAC, aeroportuárias e outros com vistas à popularização e ampliação do serviço no território nacional com o paralelo de que uma UTI aérea nada mais é do que uma unidade de suporte avançado do “SAMU” em trânsito aéreo

– ações para acessibilidade popular aos serviços de UTI aérea com redução dos preços dos serviços mediante desoneração do ICMS sobre combustível, taxas e serviços aeroportuários, II e IPI sobre peças e outros

– ações junto a ANAC para impor agilidade e redução no tempo dos processos de homologação das aeronaves destinadas aos serviços de UTI aérea

– ações que visem repressão aos serviços “piratas” e à concorrência desleal e ilicitudes no setor.

Na parte de PLATAFORMA DE DOAÇÕES PARA CUSTEIO DE TRANSPORTES DE ÓRGÃOS E EQUIPES DE CAPTAÇÃO E TRANSPLANTE:

– construção e manutenção de planilha aberta de custos com composição de preços para realização de vôos para transporte de órgãos e equipes de captações e transplantes

– consecução de empresas e/ou entidades privadas dispostas a promoveram doações regulares para manutenção de um fundo permanente a ser disponibilizado ao custeio das demandas do Sistema Nacional de Transplante (SNT) para o transporte de órgãos e equipes de captação e transplante para cidades não cobertas pelas companhias TAM, GOL, AZUL, OCEANAIR E PASSAREDO (empresas de voos comerciais)

A Amarbrasil já conseguiu junto com o Diretor Intendente da campanha UTI AÉREA DEMOCRÁTICA Daniel Henrique, convencer a empresa Brasil Vida UTI Aérea, a maior no seguimento aeromédico, a apresentar pedido de Adesão ao Termo de Acordo firmado pela TAM, GOL, OCEANAIR, AZUL e PASSAREDO. O Ministério da Saúde encaminhou o pedido de adesão da Brasil Vida para a ANAC.

Histórico

A Revista Época Negócios, que está nas bancas, edição de dezembro de 2014, trouxe uma matéria especial sobre outra campanha da Amarbrasil, a do SMS Lícito, expondo diversas informações importantes do trabalho da entidade, inclusive dados sobre as empresas que oferecem o serviço de envio de SMS em Massa de forma ilícita. A campanha do SMS Lícito ganhou visibilidade após o TCU acolher as razões da Amarbrasil para investigar o setor junto à ANATEL.

Segundo o advogado Uarian Ferreira, criador da ONG, “a Amarbrasil é sociedade civil e em tal condição tem poderes e está investida de algumas prerrogativas que permitem intensificar interlocuções entre instituições e empresas; governos, sociedade e empresas, tudo em favor de interesses maiores da sociedade.”

Nesta campanha em favor do Sistema Nacional de Transplantes a Amarbrasil atua em diversos setores e seguimentos que SÓ A SOCIEDADE CIVIL tem legitimidade e independência para faze-lo. A Amarbrasil é totalmente mantida pela sociedade civil e tem como base de sua sustentação financeira o que o criador da ONG denomina de “Advocacia Voluntária Sustentável”.

A visão de trabalho e prestação de serviço da Amarbrasil é uma visão de um ‘todo’, autoral, de resultado também em favor do ‘todo’.

Fotografia: Diário da Manhã / Cristovão Matos

Campanha SMS Lícito e a mídia nacional

Após a Campanha SMS Lícito ganhar visibilidade nacional sendo acolhida pelo Tribunal Contas da União, foi a vez dos meios de comunicação transmitirem o impacto democrático da ação.

A Revista Época Negócios em sua edição de dezembro trouxe uma matéria especial sobre a campanha, expondo diversas informações importantes do trabalho da Amarbrasil, inclusive dados sobre as empresas que oferecem o serviço de envio de SMS em Massa de forma ilícita.

De forma democrática a Época Negócios abriu espaço para as empresas se explicarem e dar sua resposta. Isso foi muito importante já que a maioria das empresas não entrou em contato com a Amarbrasil após a criação da Ação Civil Coletiva em 2014.

Acesse o site da Época Negócios ou adquira a revista e veja na íntegra todo o material.

Amarbrasil defende reintrodução do gado curraleiro nos Parques e Reservas Ambientais do Cerrado

Adaptado Ao clima e ao Sistema Integrado Antigamente, Manadas de gado Curraleiro São uma Opção Pará salvar OS Parques dos Grandes Incêndios e da desertificação.

A Administração holística OE pastoreio PLANEJADO Que o biólogo e ambientalista Allan ESTÁ Savory defendendo, e provando Pela Experiência africana, OS Antigos moradores ja a praticavam nenhum Estado de Goiás, Tocantins, Piauí, Bahia e Mato-Grosso. O escritor Carmo Bernardes NAS Décadas de 70 e 80 escreveu nsa Jornais O Popular e Diário da Manhã Sobre a Questão e defendeu uma Permanência OE pastoreio do gado bovino na Ilha do Bananal.

O Relatório da ONU Pará Mudanças Climáticas Já está Circulando na internet desde 2013 , Fazendo Com que o IBAMA, ICMBio e Órgãos Ambientais Estaduais revejam SUAS Políticas de Serviço voltado para à Preservação de parques e Reservas do Cerrado.

Leiam e assistam ao vídeo expositivo de Allan Savory Sobre o tema: http://www.ted.com/search?cat=ss_all&q=allan+savory

http://blog.ted.com/2013/02/27/fighting-the-growing-deserts-with-livestock-allan-savory-at-ted2013/

foto wildes barbosa

MP de olho na expansão urbana

Jornalista Eduardo Pinheiro

Fotografia Wildes Barbosa

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deve ajuizar ações contra a expansão urbana dos municípios que integram a Área de Proteção Ambiental (APA) do Ribeirão João Leite, caso sejam implementadas. O promotor de justiça Juliano de Barros Araújo, da 15ª promotoria, afirma que a falta de critérios técnicos para as mudanças no plano de manejo da área protegida, requeridas pelas cidades de Teresópolis de Goiás, Campo Limpo, Goianápolis e Anápolis, inviabiliza o projeto.

A argumentação do promotor é que, durante a elaboração do plano de manejo, ainda em 2005, foram estabelecidos critérios técnicos, criados a partir de estudos, para implantação das áreas de restrição. Para uma revisão seriam necessários novos estudos que avaliassem a necessidade das mudanças. “Se não há respaldo formal e legal, essas cidades deixam de lado interesses coletivos e agem segundo outros interesses. Qualquer alteração feita desta forma será alvo de ação do MP-GO”, diz.

A declaração foi feita em mesa-redonda, proposta pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), na manhã de ontem. O evento contou com a participação de representantes da Universidade de São Paulo (USP), do próprio MP-GO, da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Recursos Hídricos (Semarh), além do Consórcio Intermunicipal do João Leite.

Reportagens publicadas no POPULAR no último mês já alertavam sobre as tentativas de expansão urbana propostas pelo consórcio. As reportagens mostraram que os municípios requerem incremento de 64% nas áreas destinadas à ocupação urbana dentro da APA, alguns com interesses para loteamentos e instalação de comércios na região. Além disso, levantamento da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) catalogou pelo menos 70 fontes de água potável, que abastecem diretamente o reservatório instalado no Parque Altamiro de Moura Pacheco, com avançado estado de degradação. Fatos que podem comprometer diretamente o abastecimento de água para a região metropolitana de Goiânia nos próximos anos.

Em reunião no dia 28, o Conselho Consultivo da APA do João Leite aprovou por maioria as modificações no plano de manejo realizadas pelo Grupo de Trabalho. Após passar pelo Conselho a proposta seguirá para análise técnica e voltará para nova avaliação.

DEBATE

A seca que atingiu Goiás no fim da década de 1990 foi relembrada pelo engenheiro agrônomo da Saneago, Henrique Luiz de Araújo, para a necessidade de cuidar do manancial. Araújo argumentou que os ciclos hidrológicos se repetem e novas catástrofes podem acontecer novamente. Assim, o grande desafio para os órgãos públicos e os municípios é justamente o uso e ocupação do solo consciente nas regiões mais sensíveis das áreas de proteção ambiental.

O coordenador do consórcio intermunicipal, Daniel Pereira, argumentou que a expansão urbana é questão de sobrevivência para os municípios que estão localizados dentro dos limites da APA do João Leite. Segundo ele, o plano de manejo, quando produzido, não observou o desenvolvimento das cidades e estaria estacando o crescimento econômico delas.

Matéria Veiculada no Jornal O Popular de 12 de dezembro de 2014. Todos os direitos reservados para o mesmo. Clique aqui e veja na página oficial.

Nascentes comprometidas – Parte delas não receberam nenhum tipo de cuidado desde criação de área de preservação, há 11 anos

Texto: Eduardo Pinheiro – Jornal O Popular

Fotografia: Ricardo Rafael

Nascentes que alimentam a bacia do Ribeirão João Leite estão sob risco de desaparecer. Levantamento da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) catalogou pelo menos 70 fontes de água potável, que abastecem diretamente o reservatório instalado no Parque Altamiro de Moura Pacheco, com avançado estado de degradação. Dados da Dema e imagens de satélite informam que pelo menos 43 dessas nascentes não receberam nenhum cuidado desde a criação da Área Proteção Ambiental (APA) do João Leite, em 2003.

A ampla catalogação dos mananciais revela uso inadequado do solo, com plantações próximas, pastagens, lançamento de esgoto, erosões e desmatamentos nas áreas que deveriam receber cuidados específicos para a manutenção da fonte de água que abastece o reservatório. Ambientalistas e estudiosos afirmam que a falta desses cuidados afeta a qualidade da água e pode gerar problemas graves que comprometem o abastecimento de água na Região Metropolitana de Goiânia nos próximos anos.

Pelo menos 50 das nascentes estão localizadas nas áreas mais delicadas dentro da APA. As imagens do satélite mostram que a boa parte das fontes de água estão a poucos metros do Parque Estadual, que o plano de manejo da APA do João Leite estabelece que não pode sofrer nenhum impacto, e dos quais três quilômetros próximos devem ser reservados para ter uso controlado.

Córregos como o Cana Brava, Barreiro, Bandeira, da Grama, do Rosa e Seco, que alimentam diretamente o lago do Ribeirão João Leite apresentam falta de mata ciliar, avanço de agricultura, presença de pastagens com gados, erosões e assoreamento. São pelo menos 30 nascentes, nas proximidades do município de Nerópolis e GO-080, que correm diretamente para o lago que apresentam problemas com o manejo do solo.

A maioria das propriedades rurais, onde estão essas nascentes, se localizam dentro da área denominada como Área Ambiental Homogênea de Conservação de Uso Controlado 1 (AHCUC-1), que é uma que zona integra as áreas contíguas às Zonas de Proteção do Reservatório Barragem João Leite e Vida Silvestre. Esse zoneamento assegura o raio de 50 metros para preservação das águas, além dos 30 metros estabelecidos para preservação das margens dos rios. No entanto, a reportagem constatou represamentos de água e aplicação de agrotóxicos por fazendas próximas ao parque.

Degradação

As imagens de satélite mostram que pelo menos desde 2003 não há nenhuma interferência para controlar o uso de solo próximo às nascentes que abastecem a bacia do João Leite. Córregos que correm dentro da área de municípios localizados na APA permanecem desprotegidos, sem cercas que garantam os 50 metros de proteção estabelecidas em lei, nem mesmo o replantio de árvore nas áreas degradadas.

Na porção sudeste da APA, localizada entre os municípios de Goianápolis e Terezópolis, e localizada também na AHCUC-1 pelo plano de manejo, pelo menos dez fontes de água não apresentam nenhum tipo de controle por parte dos órgãos públicos. Propriedades rurais da região fazem uso do solo para pastagens e plantações bem próximas aos mananciais. Esses olhos d’água já apresentam porções secas e excesso de detritos depositados no leito, já com assoreamento. São eles que alimentam o córrego Macaúba, que passa às margens da BR-153, bem próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, e deságua justamente no reservatório. A distância entre as fontes e o reservatório é pouco maior que 2km.

O córrego Macaquinho, por exemplo, que tem suas nascentes próximas à cidade de Goianápolis nunca recebeu tratamento adequado, mesmo após a criação da APA. O município fica no entroncamento das Áreas Especiais de Proteção de Mananciais onde é vedado o parcelamento do solo urbano e rural, justamente por ser destinadas à conservação, recuperação e manejo de mananciais, e AHCUC-1. Pelo menos cinco dessas nascentes precisam sofrer intervenção. Em duas delas lotes residênciais já despontam bem próximas.

A falta de uso adequado do solo na região permite a perpetuação de enorme voçoroca às margens da GO-415. As águas da chuva, sem barreira natural da mata ciliar, retirada por loteamentos, escorrem direto para a nascente, o que provocou a erosão. O excesso de terra corre riacho abaixo e assoreia o rio que corre diretamente para o reservatório que abastece a região metropolitana. As imagens de satélite mostram, inclusive, que nos últimos dez anos o buraco aumentou mais de 50 metros de extensão.

Matéria Veiculada no Jornal O Popular dia 8 de dezembro de 2014. Todos os direitos reservados para o mesmo. Acesse e veja no site clicando aqui.

A SANEAGO não pode ser um instrumento de fatia política

A SANEAGO não é uma empresa de governo, é uma empresa de Estado, com ações que devem ser de Estado: perenes, perpétuas, como a água.

Dia 28 de novembro a Amarbrasil esteve no 12˚ Congresso dos Urbanitários de Goiás e apresentou diversas ações sobre o movimento Água Pública – A Fonte da Democracia. O Superintendente da Amarbrasil Uarian Ferreira discursou sobre a importância do projeto e suas metas principais, dentre elas, a de manter a SANEAGO como uma empresa de estado.

Confira o vídeo clicando aqui.